Aterramento - Conceitos #003


PARA QUE SERVE O ATERRAMENTO?

Proteger o usuário do equipamento de descargas atmosféricas (raios).

Descarregar cargas estáticas que podem se acumular nas carcaças dos equipamentos e podem ocasionar em faiscamento, aumentando o risco de incêndio e explosões.


TIPOS DE ATERRAMENTO

A NBR 5410, seção 6.3.3.1.1, 6.3.3.1.2 e 6.3.3.1.3 referem-se aos possíveis sistemas de aterramento que podem ser executados nas instalações. Dentre eles existem 3 que comumente utilizamos.

Sistema TN-S
Note que a figura abaixo representa um transformador com secundário em Y (estrela), onde o neutro é aterrado logo na entrada e levado às cargas. Um outro condutor é levado paralelamente para aterrar os equipamentos.
Sistema TN-C
Embora esse sistema seja normatizado ele não é aconselhável, devido o fio neutro e terra serem constituídos pelo mesmo condutor. Como já explicado no Post NEUTRO x TERRA
A figura abaixo demonstra o sistema onde o neutro é aterrado logo na entrada e o mesmo é ligado ao neutro da planta e também aos terras dos equipamentos.

Sistemas TT
Esse é o sistema mais eficiente dos descritos. A figura abaixo mostra que o neutro é aterrado logo na entrada e segue com a função exclusiva de neutro até as cargas. Os terras dos equipamentos são aterrados a uma haste própria e independente da haste de aterramento do neutro.




QUAL TIPO DE ATERRAMENTO ESCOLHER?


Sempre que possível, optar pelo sistema TT em primeiro lugar. Se por razões operacionais e estruturais do local não seja possível optar pelo sistema TT, então optar pelo sistema TN-S.
E por fim, somente optar pelo sistema TN-C em último caso, isto é, quando real-
mente for impossível estabelecer qualquer um dos dois sistemas anteriores.


HASTE DE ATERRAMENTO

A haste de aterramento normalmente é constituída de uma alma de aço e revestida com cobre. Seu comprimento varia de 1,5m a 4m. Comumente são utilizadas as de 2,5m.


RESISTÊNCIA (Ω)

Um bom aterramento deve ter no máximo 5Ω de resistência e deve ser medido com um instrumento de medição chamado terrômetro.
Caso o aterramento com uma haste não atenda a especificação de resistência mínima, pode ser realizada a associação de hastes pelo agrupamento de barras em paralelo ou pela formação de polígonos. Veja abaixo a figura que demonstra a associação de hastes.



A distância entre as barras não deverá ser superior a altura das próprias barras.


PROBLEMAS ENCONTRADOS POR UM MAU ATERRAMENTO

Além das questões de segurança do usuário, um mau aterramento também pode ocasionar em quebra de comunicação entre máquinas e controladores, aumento de EMI (Interferência Eletromagnética) e queima de CI's ou placas eletrônicas.


CONCLUINDO

Nesse post foi demonstrado questões básicas do sistema de aterramento, lembrando que o dimensionamento de um aterramento é uma questão altamente complexa e deve-se analisar diversos outros fatores, tais como as características condutivas do solo, associação de malhas de terras e normativas obrigatórias.

Deixem seus comentários e dúvidas para discutirmos sobre o assunto.

Um comentário:

  1. Artigo Muito bom, muito esclarecedor, com linguagem compreensível.
    Minha gratidão.

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