Dispositivos Diferencial Residual (DR) - Conceitos #005
FUNÇÃO DOS DISPOSITIVOS DIFERENCIAL RESIDUAL (DR)
Estes dispositivos são responsáveis por detectar uma fuga de corrente que possa eventualmente existir nos circuitos elétricos, seja ele por contato direto ou indireto, e desativar o mesmo para que a fuga não ocasione em danos ao usuário (choque elétrico) ou ao equipamento.
CHOQUE ELÉTRICO
A IEC 60479 - Efeitos da corrente elétrica em seres humanos e animais domésticos, distingui duas situações na proteção contra choque elétrico, que são associadas ao tipo de contato, onde eles podem ser diretos ou indiretos.
O contato direto é caracterizado pelo contato com as partes vivas, ou seja, onde existe diferença de potencial normalmente. Ex: Plugue de tomada, barramento do quadro de distribuição. A imagem abaixo exemplifica a situação de contato direto com as partes vivas do circuito elétrico.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
A soma vetorial das corrente que percorrem os condutores de um circuito é praticamente nula, e o dispositivo diferencial residual mede permanentemente essa soma.
Quando uma corrente é desviada pela carcaça do equipamento, ou pelo corpo do usuário (choque elétrico), ocorre um desequilíbrio na soma vetorial das correntes, que é detectada pelo dispositivo DR. Imediatamente o circuito é desligado evitando o choque ou a danificação do equipamento.
INSTALAÇÃO
Normalmente o dispositivo diferencial residual é instalado após o disjuntor principal e antes dos disjuntores de distribuição. No mercado também encontramos Disjuntores Diferencial Residual, que possuem a função de atuar monitorando os curtos-circuitos, as sobre-correntes e também as correntes de fuga, como explicado no Post de Disjuntores.
CONEXÕES
BIPOLAR:
No primeiro esquema de ligação bipolar o circuito é composto pela Fase R, pelo Neutro N e pelo sistema de aterramento PE. Este é um circuito monofásico. Os condutores R e N passam pelo dispositivo diferencial residual que monitora as fugas de corrente.
No segundo esquema de ligação bipolar o circuito é composto pela Fase R, pela Fase S e pelo sistema de aterramento PE. Este é um circuito bifásico. Ambas as fases nesse caso são monitoradas pelo dispositivo diferencial residual.
TETRAPOLAR:
No primeiro caso o circuito é composto pela Fase R, pela Fase S, pela Fase T, pelo Neutro N e também pelo sistema de aterramento PE. Assim temos um circuito trifásico com neutro e terra. Neste caso as três fases, R, S e T, são monitoradas junto ao neutro N.
No segundo caso, diferentemente do primeiro, o Neutro N não está presente no circuito trifásico, então a indicação do fabricante é de que o condutor PE seja inserido no lugar. Assim temos o monitoramento das fases, R, S e T, e também do terra PE.
TIPOS DE DISPOSITIVOS DR
Tipos AC - Utilizados em correntes alternadas, normalmente em instalações elétricas residenciais, comerciais e prediais.
Tipos A - Utilizados em correntes alternadas e também em correntes contínuas pulsantes, esta classe pode ser aplicadas à circuitos que contenham dispositivos eletrônicos que alterem a forma de onda senoidal da rede.
Tipos B - Utilizados em correntes alternadas, correntes contínuas pulsantes e também em correntes contínuas puras. É aplicável em circuitos composto por ondas partes senoidais, meia-onda, ou em formas de ondas específicas geradas por correntes contínuas, tais como equipamentos eletro-médicos.
REFERÊNCIAS
Deixem opiniões, dúvidas, comentários e vivências para discutirmos mais sobre os dispositivos diferenciais residuais (DRs).
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